quinta-feira, 6 de novembro de 2008

04 de Novembro de 2008 - Ladytron


O concerto começou com 40 minutos de atraso. O auditório não era nem vasto nem silencioso enquanto no bar do Lux se aguardava que se iniciasse a sessão.
No piso disco a lotação excessiva não permitia que o público se mexesse. Quem foi ao Lux para dançar Ladytron ficou apenas com a ideia de o fazer…

Para quem lá foi pela música, como eu, saiu de lá algo confuso. Se por um lado houve músicas que surpreenderam positivamente, por outro, ouviram-se músicas muito más.

Um exemplo negativo foi sem dúvida Deep Blue. Outro, Season of Illusions. Deep Blue teve um paupérrimo desempenho vocal e técnico. Season of Illusions foi uma demonstração clara que Mira Aroyo não consegue cantar em registos vocais exigentes. Num tom mais positivo a mesma Mira Aroyo pôs toda a gente a mexer ao som de “Fighting in Built Up Areas”. De salientar o desempenho de toda a banda Em “Black Cat”, “International Dateline”, “Predict the Day”, e particularmente “Runaway”.

Este concerto no Lux apresentou Ladytron com um outro sentido de ritmo e um uma sonoridade mais pesada, até mais gótica. Algures na Internet pode ler-se o seguinte: "...a metaphor to describe the band's unique sound: "... a teasing glimpse of how Britney Spears might have sounded, had she been born in the GDR and a heroin addict."

Enquanto artifício de estética, os membros de Ladytron não desapontaram o público eclético que se juntou a uma terça feira para os ver. Acho que é justo dizer-se que são um colectivo que faz escolhas elegantes. Aliás, pela internet lêem-se várias alusões ao estilo da banda, não só como músicos, mas como estetas visuais.

Em jeito de nota final ficam algumas fotografias (possíveis) de Leo Blacksmith e a classificação de zero a dez. Ao Lux atribuímos 4. Esta nota negativa aplica-se sobretudo pela falta de condições oferecidas: no piso do bar só havia um bar aberto, no piso disco havia sobrelotação, o ar condicionado estava gelado, entre outros pormenores que mostram o amadorismo português.
Aos Ladytron atribuímos 5 por não ter sido a desgraça total mas também não ter sido um concerto ao nível esperado de uma banda que toca pelo mundo todo nos melhores clubes e pela falta de humildade em palco. Há mais de dez anos que vou a concertos e já vi gente, muito maior na música, ser muito mais humilde.









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